sábado, 13 de julho de 2013

DESTAQUES: ISABELLE DRUMMOND & THALLES CABRAL #01

Estreando hoje uma nova coluna no blog, a DESTAQUES, que sempre vai trazer algo ou alguém interessante que está se destacando na mídia ou ainda irá se destacar. Usarei aqui muito do meu feeling e gosto pessoal pra falar de quem se destaca(rá) na minha humilde, porém exigente opinião em cinema, tv, teatro, gastronomia, literatura, fotografia, artes plásticas, música e por aí a fora...

Pra começar, hoje vou falar de dois jovens atores globais, que estão na telinha atualmente. O primeiro, é o estreante em novelas Thalles Cabral, intérprete de Jonathan, filho problemático de Félix (Mateus Solano) e Edith (Bárbara Paz) em Amor à Vida, novela das 21 horas de Walcyr Carrasco. 

O rapaz de 19 anos, gaúcho, que passou a infância em Porto Alegre, a adolescência em Curitiba e há quatro anos vive em São Paulo, tem um rosto estranho, quase feio, porém, extremamente expressivo e apesar do texto fraco, didático e mecânico de Walcyr, seu personagem é um prato cheio pra que ele mostre todo o talento que tem. Jonathan é um garoto problemático, com todos os motivos pra ser perturbado. É herdeiro de uma rica família, proprietária de um grande hospital. Seu pai, um homossexual enrustido, não o suporta, sempre atormentando-o com seus ataques de fúria. A mãe é uma ex-prostituta, que foi contratada pelo avô pra se casar com seu filho e convertê-lo da homossexualidade. Como se não bastasse todo esse entrecho familiar escabroso, o rapaz ainda irá descobrir que não é filho de seu pai e sim irmão, pois o pai verdadeiro é quem ele acredita ser seu avô, e aí sim a vida de Jonathan se transformará num verdadeiro inferno, pois o pai/irmão não vai poupar esforços pra tirá-lo do seu caminho na briga pela tão desejada herança. Quando a novela chegar no momento da grande revelação, Thalles certamente arrasará em cena, tô apostando nisso, pois além de ator com um vasto currículo no teatro, o menino prodígio é músico, toca e canta lindamente e como se não bastasse ainda escreve, ele mantém um blog, esse aqui ó http://noveestorias.wordpress.com/, com textos muito legais, super bem escritos. Boas vibrações pro Thalles Cabral, uma nova promessa na telinha, na telona, na música e quem sabe na literatura.

Agora falemos de Isabelle Drummond. Só tenho elogios e confetes pra jogar nessa linda. Existe atriz mais fofa na televisão brasileira nesse momento? Ela é doce, delicada, tem um ar suave, emoldurado por um rosto de boneca de porcelana, mas o corpo de mulher feita, discretamente sensual, quase nos faz esquecer da meiga garotinha que aos seis anos, estreou na telinha como filha de Ana Paula Arósio em Os Maias, minissérie de Maria Adelaide Amaral exibida em 2001.


Depois, ela fez a Emília, do Sítio do Pica-pau amarelo durante 5 temporadas, sendo a primeira e única criança a interpretar a famosa boneca, dos 7 aos 12 anos. Ao se livrar da marcante personagem, Isabelle roubou a cena como a adolescente cheia de personalidade Bianca, na colorida e divertida Caras & Bocas em 2009, sucesso de Walcyr Carrasco às 19 horas. No mesmo ano, ainda com 15 anos, interpretou no cinema a filha de Glória Pires e Tony Ramos em Se eu fosse você 2, no filme sua personagem tinha 18 anos, estava grávida e prestes a subir ao altar.

O curioso na trajetória de Isabelle, é que parece que diretores e autores custaram a entender que estavam diante de uma grande atriz, pois durante um certo período ela alternou personagens maravilhosos e de grande destaques com outros pequenos, quase insignificantes. Após surpreender público e crítica como a pequena notável espertíssima boneca Emília, ela fez parte do elenco de Eterna Magia, novela das 18 horas de 2007, fracasso de audiência, fazendo a personagem Gina, completamente apática, quase sem função na trama. E em 2011, depois do sucesso de Bianca, interpretou Rosa em Cordel Encantado, outra personagem pequena para seu imenso talento, nesse caso, pelo menos, a novela foi um enorme sucesso.

Finalmente em 2012, Isabelle Drummond estrelou sua primeira novela como protagonista, Cheias de Charme, ela era uma das três "empreguetes" que cantavam e faziam o maior sucesso dentro e fora da telinha. Ao meu ver um papel um pouco difícil de engolir, porque Isabelle pode ter cara de tudo, menos de doméstica, ainda assim fez sua romântica Cida brilhantemente, garantindo sua segunda protagonista consecutiva na atual Sangue Bom, de Maria Adelaide Amaral, a mesma responsável por sua estreia lá em Os Maias de 2001. Lá se vão 12 anos, me apaixonei por aquela pequena joia de apenas seis aninhos, fazendo a doce Roseclair na obra baseada em romance de Eça de Queiroz e hoje amo profundamente a linda mulher de 19 anos, que não perdeu o ar angelical de menina e faz minha personagem preferida, na minha novela preferida, de uma de minhas autoras mais amadas. A Giane é o tipo de personagem que faz a gente sonhar, chorar e torcer loucamente. Ela é masculinizada, ama platonicamente um cara que a vê como irmã, sofre porque ele não a nota como mulher e agora passa por um gradual processo de transformação, ficando pouco a pouco mais feminina e atraente aos olhares masculinos, o que obviamente atingirá seu grande amor não correspondido.

O que me faz ter certeza que um ator é um grande ator, é justamente essa coisa absurda da transformação, de fazer o público acreditar que ele é aquele personagem, e Isabelle faz isso perfeitamente. Todos sabem que ela é muito feminina, delicada, com um estilo totalmente menininha romântica, sua personagem anterior, aliás, era assim. Na pele de Giane, porém, é quase impossível acreditar que ela não é aquela garota do subúrbio de São Paulo, tão natural e verdadeira é sua interpretação. Palmas para linda de bonita e mega talentosa Isabelle Drummond. Vida longa a essa boneca de porcelana.  

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