segunda-feira, 6 de maio de 2013

"SANGUE BOM" = NOVELA BOA


Amo novelas leves, coloridas e despretensiosas! E foi exatamente essa a definição que o diretor Dennis Carvalho deu a Sangue Bom, o atual cartaz das sete, no ar desde a segunda-feira passada, 29/04. Acompanhei todos os capítulos desta primeira semana e posso afirmar que era uma novela como essa que eu ansiava desde Ti Ti Ti em 2010, não por acaso de autoria dos mesmos da nova das sete, a fantástica e encantadora Maria Adelaide Amaral e o novato Vincent Villari.

Sangue Bom tem todos os elementos de uma boa novela e é perfeita para o horário. Pra quem gosta do gênero, é impossível não ser fisgado logo de cara. Enredo, ambientação, elenco, figurino, texto, trilha sonora, tudo funciona às mil maravilhas. Ainda assim, minha visão crítico/analítica, percebe alguns pequeníssimos defeitos. Nada que comprometa a obra obviamente, apenas gosto pessoal, uma coisinha ou outra que não estaria ali se fosse uma novela minha, como a escalação de alguns atores, por exemplo.

Giulia Gam é uma senhora atriz, já provou isso em diversos trabalhos e eu gosto muito, particularmente. Entre seus trabalhos recentes destaco a D. Bruna de Ti Ti Ti, que me surpreendeu positivamente. Como a perua e atriz decadente Bárbara Ellen, Giulia está se saindo muito bem sem sombra de dúvidas, porém fico com uma estranha sensação toda vez a vejo em cena, que outra atriz ficaria muito melhor nesse papel, alguma atriz mais tarimbada em comédia. A primeira que me veio a cabeça ao pensar nisso, foi Cláudia Raia, cairia como uma luva Bárbara Ellen em suas mãos, porém, depois do furacão Jaqueline Maldonado (Ti Ti Ti outra vez), ficaria repetitivo. Então, pensando mais um pouco, acho que Débora Bloch e Andréa Beltrão também arrasariam. De qualquer forma Bárbara Ellen tem tiradas incríveis e divertidíssimas, que lembram muito as de Jaqueline na outra novela, faço votos que ela arrase tanto quanto a segunda e atinja sucesso igual ou maior.

Três atores me incomodam nessa ótima estória: Wandi Doratioto, ator de voz irritante, conhecido pelos comerciais que faz na tv, interpreta Nestor, pai da personagem de Regiane Alves (Renata). Contracena com duas ótimas atrizes, Regiane e Cris Nicolotti, só por isso Nestor merecia cair nas mãos de um ator menos chato. Outro que não me desce é o pseudo-ator com cara de marginal Rômulo Arantes Neto, que faz o Tito. O garoto tenta interpretar o mesmo papel que já fez em todos os trabalhos que participou e ainda por cima vai conquistar a Regiane Alves? Que vai trocar seu noivo todo certinho Érico (Armando Babaioff) por um cara com a maior pinta de malandro? Será que é só pra constatar que é dos cafajestes que elas gostam mais? Mas a pergunta que não quer calar, com tantos atores carismáticos e talentosos na casa, por que raios tiraram esse sujeito da "Recópia"? Lá era o lugar perfeito pra ele. Não gostei. Já o terceiro elemento que a meu ver não tem a mínima graça, é o tio Lili, que ganha vida através do ótimo Edwin Luisi, que não parece tão ótimo assim ao interpretar um estereótipo dele mesmo, uma bicha velha cabeleireira, afetada e boazinha. O que poderia ser divertido e um desafio para outro ator que não fosse tão evidentemente gay, ficou com ranço de requentado e mais do mesmo na interpretação de Edwin.

Como já disse são apenas alguns pequenos defeitos que não chegam a comprometer a obra em si, que nos oferece dezenas de outros motivos para celebrá-la e prestigiá-la. Como o sexteto jovem de protagonistas, em ótima sintonia. Marco Pigossi, lindo como um anjo na pele do herói romântico e apaixonado Bento, arranca suspiros, com sua bondade e firmeza de caráter. Sophie Charlotte, que com seu jeito de menina meiga consegue provocar sentimentos contraditórios como pena e antipatia, ainda vai dar o que falar e causar muitas controvérsias com sua Amora Campana. Jayme Matarazzo, apesar da carinha de menino passa mais segurança e madureza do que aparenta, com seu correto Maurício e parece que ainda vai surpreender. Fernanda Vasconcelos é a que menos gosto, mas não dá pra deixar de reconhecer que faz sua Malu com garra e vontade. Humberto Carrão é o vilãozinho da turma e Fabinho ainda vai aprontar muito, deixando muita gente revoltada e furiosa, mas é impossível não olhar pr'aquele jeitinho de menino abandonado e acreditar em sua redenção. E Isabelle Drummond, que com sua beleza suave de menina marota convence muito bem na pele da garota cheia de marra, meio masculinizada e dona de um dilacerante amor platônico por Bento, Giane. Esses seis juntos ainda vão provocar muitas emoções nos corações dos telespectadores ávidos por sentimentos e situações que os faça torcer, vibrar e se apaixonar.

Pra finalizar não poderia deixar de citar outros nomes que merecem destaque no elenco. Minha sempre maravilhosa Malu Mader, num papel popular e apaixonante; Felipe Camargo, que parece que vai arrasar ao lado de Malu; Letícia Sabatella, suave e encantadora; Marisa Orth, sempre engraçada; Íngrid Guimarães, que promete com sua hilária Tina; Herson Capri, num papel essencialmente do bem; Debora Evelyn, me parece que vai roubar a cena com seu drama do filho perdido. E tantos outros nomes que no momento certo roubaram a cena e nos deleitaram ao longo dos próximos 6 ou 7 meses, sempre embalados por uma trilha perfeita e empolgante,encabeçada pelo tema internacional Ho Hey (The Lumineers).

E se toda forma de amar vale a pena, vamos assistir e celebrar Sangue Bom!     

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Celebremos então amigo Esdras!
    Afinal essa novela tem tudo o que prende a atenção de nós; telespectadores apaixonados por um bom enredo,boa trilha sonora e de almas exigentes né?!

    Você esta escrevendo...DIVINAMENTE!!

    Posso até arriscar em dizer que esta se tornando um crítico literário dos bons!!!
    (muita pretensão da minha parte?)

    Beijos

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  3. Outra coisa...sabe quem eu acho que seria perfeita para o papel de Bárbara Ellen??
    Beti Lago...adoro o humor ácido dela....ADORO!

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