quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A SINGELA POESIA DO DIA-A-DIA



e a felicidade pode ser grande ou pequena
a alegria avassaladora ou ingênua
a plenitude pode estar no olhar

em meio ao caos urbano
buzina e zoeira
pode-se deparar com amoreiras e pitangueiras

fruta comida do pé

entre a doçura das amoras e a acidez das pitangas
recordações da infância 
nostalgia da cidade do interior
da pele macia de criança

pitangas são mais comportadas
amoras mancham indiscriminadas

cuidado pra não sujar a blusa branca
vontade de lambuzar a cara, a alma
mas controla-se numa alegria contida embaixo da árvore frutífera
porém, as mãos roxas denunciam para os passageiros do metrô
a pequena felicidade
a ingênua alegria 
que naquele dia se fez poesia  

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