segunda-feira, 14 de julho de 2014

O QUE ACHEI DA ESTREIA DE "O REBU"


A nova novela das 11 já começou toda trabalhada no mistério, como já imaginávamos e como anunciavam as chamadas, mas pra conferir um ar misterioso à trama, achei que a produção exagerou nas cores escuras demais, a fim de dar um tom soturno a releitura da história de Bráulio Pedroso, escrita por George Moura e Sergio Goldenberg.

Fora essa ressalva, o capítulo de estreia do remake de 1974, foi mais curto do que o esperado. Anunciado como capítulo especial, começou logo após Em Família, e esperava-se que fosse mais longo. O assassinado é revelado logo de cara - o que na primeira versão demorou mais de 50 capítulos pra acontecer, já que um dos mistérios era o "quem morreu?" - , ele é Bruno (Daniel Oliveira), pivô de muitos mistérios e da paixão de duas mulheres opostas: Duda (Sophie Charlotte) e Gilda (Cássia Kis Magro). Seu corpo é encontrado boiando na piscina, durante a luxuosa festa na casa da empresária Ângela Mahler (Patrícia Pillar), um verdadeiro ninho de cobras, onde tudo não passa de um grande jogo de interesses entre os convivas.

O enredo que se passa todo durante a festa, é interferido por flashbacks que mostram as relações entre os personagens antes da grande comemoração. Relações essas, que em sua maioria envolvem os negócios entre os sócios Ângela e Carlos Braga (Tony Ramos), tudo muito nebuloso, assim como Alain (Jesuíta Barbosa), um penetra que sai da festa, rouba uma moto e aparentemente não tem abolutamente nada a ver com os demais convidados. Oswaldo (Júlio Andrade), é outro personagem misterioso num capítulo que pouquíssimo revelou.

Esse primeiro capítulo teve ainda, Sophie Charlotte soltando a voz na festa, com a canção de Roberto Carlos Sua Estupidez. Voz afinada e bonita, figurino idem, mas ainda não consegui gostar de seu corte Joãozinho, que acho chique e moderno, mas nela, acho que não ficou muito bem.

O casting de O Rebu é bárbaro, e os destaques da estreia foram Cássia Kis e Patrícia Pillar. Outros elementos também chamaram a atenção pelo ar de requinte que deram a trama: a elegante abertura e a caprichada trilha-sonora com músicas de Amy Whinehouse e New Order. O que foi também uma sacada bem bacana, é que durante a festa os convidados fazem selfies e postam nas redes sociais as fotos com comentários sobre o evento, o que deixa tudo bastante real e inovador, mesmo em tempos de Geração Brasil.

Acusada de careta, por não abordar de maneira escancarada a relação homossexual que era insinuada na primeira versão entre os protagonistas, O Rebu será recheada de cenas picantes, que já tiveram uma prévia logo no início, e encerrou seu primeiro capítulo com um atirador misterioso mirando e a disparando em direção à janela do quarto de Ângela Mahler.

Sem nada de muito impactante, além do que todos já esperavam na estreia, O Rebu parece ser uma boa pedida para os que curtem uma história de suspense, e se seguir a mesma qualidade de O Canto da Sereia Amores Roubados, trabalhos anteriores dos responsáveis pela nova novela das 11, será um ótimo entretenimento para o fim de noite.

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