terça-feira, 1 de abril de 2014

FILMES QUE AMO: "LONGE DO PARAÍSO" #01


Depois de mais de um ano sem postagens sobre os filmes que marcaram minha vida (quem me acompanha desde o BORBOLETAS NA JANELA sabe que eu mantinha lá, uma coluna chamada "Os Filmes da Minha Vida"), retorno hoje a falar de um assunto que adoro: minha paixão pela sétima arte e os filmes do meu coração. Tudo continua igual, a única mudança foi o título da coluna, que agora passa a se chamar "Filmes Que Amo" .

E, pra inaugurar a coluna com chave de ouro, agora no Meu Pequeno Pantuflee, um título especial: Longe do Paraíso.

O filme de 2002, dirigido por Todd Haynes (Não Estou Lá - 2007 / Velvet Goldmine - 1998) é um drama de época com uma produção impecável e de extrema sensibilidade. Com Julianne Moore, Dennis Quaid e Dennis Haysbert, encabeçando o elenco principal.

Acompanhamos a história de Cathy Whitaker, que nos anos dourados da década de 50, juntamente com o marido Frank e os filhos formava uma família perfeita da alta sociedade americana. Sem muitas preocupações aparentes, a vida de Cathy se resume a cuidar dos afazeres do lar, das crianças, estar sempre bela em glamourosos vestidos e envolvida em eventos sociais. Sempre impecável e exalando um ar de elegância e felicidade conjugal, é admirada e tomada como exemplo por amigas e vizinhas.

Mas o mundo de Cathy desmorona quando o que parecia perfeito é desvelado, ao descobrir que seu amado marido mantem relações extra-conjugais com outros homens. À princípio, brutalmente chocada, Cathy sofre, mas não condena o marido, compassiva, aceita e tenta entender quando ele pede que ela não o abandone e explica que precisa de tratamento, porque é doente. Apaixonada, mas também com medo de ser apontada como uma mulher divorciada, ela decide ajudar o marido a buscar um tratamento.

Sempre compreensiva e paciente, Cathy acredita que o marido vai se "curar" e voltar a ser como antes. Mas conforme o tempo passa, o próprio Frank percebe que nada muda e ao se apaixonar por outro homem, abandona Cathy, deixando-a sem chão.

Sozinha na enorme casa com os filhos, Cathy fica reclusa por um tempo, tentando evitar falatórios e julgamentos, mas quando resolve voltar a se envolver com seus eventos sociais beneficentes, sente na pele o preconceito daquelas que antes a admiravam e julgavam amigas. Todas se afastam, rejeitando-a como uma leprosa.

Arrasada e sem rumo, Cathy encontra em Raymond Deagan, um forte e belo jardineiro, uma nova razão pra ser feliz. Negro e pobre ele, assim como ela, é alvo de grandes preconceitos. Entre uma e outra manutenção em seu jardim, Cathy se vê atraída ao gentil e simpático homem, ela sente empatia por ele, e os dois se tornam bons amigos.

Raymond leva Cathy pra conhecer seu mundo e proporciona à ela momentos com os quais nunca sonhou, trazendo de volta ao seu semblante triste, o sorriso. Não demora muito e os dois se veem apaixonados. Mas será que Cathy está preparada para viver esse amor inter-racial numa sociedade tão hipócrita e preconceituosa?

O filme tem um desfecho que nos deixa com um nó na garganta.

Juliane Moore está perfeita, concorreu por esse filme ao Oscar de melhor atriz, sua interpretação é sutil e sublime. Dennis Quaid também está em seu melhor momento, sexy e convincente. E Dennis Haysbert é um tesão de homem, charmoso, delicado e exalando virilidade. Os figurinos são um deslumbramento, assim como a fotografia. Tudo nesse filme é maravilhoso e arrasador. Um filme digno de ser amado!

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